terça-feira, 24 de julho de 2012

SÉCULO XVIII, A VEZ DA BURGUESIA



O século XVIII foi o século da consolidação do capitalismo.

Depois de uma fase pré-capitalista em que a unificação nacional centralizada na figura do Rei deu origem a um Estado Nacional aristocrático, a burguesia assumiria efetivamente o poder político, deixando de ser uma mera coadjuvante para, realmente se tornar o ator principal.

Para isso foi necessário desmantelar a ordem do chamado “Antigo Regime”, destruindo as bases da monarquia absolutista e, em seu lugar, estruturar a democracia burguesa.

Por estarem juntos no andar debaixo, povo trabalhador e burguesia, a queda da aristocracia através de processos revolucionários, trouxe a ilusão do povo no poder, através da ordem democrática. Mas, apenas ilusão, pois na verdade, quem se assentou no andar de cima foi apenas, e tão somente a burguesia.

Na ordem econômica o Mercantilismo, economia clássica do estado absolutista foi substituído pelo liberalismo, onde a livre iniciativa e a busca do lucro através da concorrência de mercado seriam os elementos determinantes.

Dessa forma teremos a consolidação do iluminismo como fonte dos novos valores culturais e sociais.

São fatos históricos intrínsecos a esse contexto: o apogeu das idéias iluministas cujo lema liberdade, igualdade e fraternidade é representativo; a Revolução Francesa e a primeira fase da Revolução Industrial.

Sobre a Revolução Industrial é importante ressaltar que ela ocorreu exclusivamente na Inglaterra devido, principalmente, ao pioneirismo de sua burguesia ao se livrar dos entulhos feudais ainda no século XVII nas chamadas Revoluções Inglesas (Puritana e Gloriosa).

O Brasil, por estar submetido ao colonialismo português que adota o mercantilismo colonial com ortodoxia, explorando suas colônias de forma radical e autoritária, ficou à margem dessas mudanças. Mesmo assim, ocorre durante o ciclo da Mineração uma verdadeira queda de braço com a Metrópole representada pela política fiscal massacrante da metrópole e a sonegação da colônia.

É nesse contexto que teremos a primeira revolta de fundo contra a exploração fiscal (A Revolta de Vila Rica ou de Felipe dos Santos, em 1720) e, principalmente, a primeira inconfidência (Minas Gerais, 1789).

O Rio Grande do Sul, pela primeira vez será reconhecido como território brasileiro, com o Tratado de Madri de 1750. Teremos também, como conseqüência desse Tratado, a primeira resistência indígena pela terra, as Guerras Guaraníticas, de 1750 a 1756.

Prof. Péricles

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