sábado, 15 de junho de 2013

O SEGREDO DA VIDA



A vida deve ser vivida, de verdade. Não devemos fingir que vivemos.

É importante deixar nossas marcas na estrada empoeiradas da existência.

Não precisamos ser grandes conquistadores, reis, generais, políticos ou santos.

Não é necessário construir pirâmides, nem catedrais.

Talvez baste construir uma história, a sua história, por mais simples que seja.

Diante do cosmos, nossa existência não é nada, mas para nossos filhos somos o Gênesis.

Podemos ser figurantes ou protagonistas, na verdade, a escolha é toda nossa.

Podemos deixar saudades ou lembrança alguma.

Podemos fazer barulho, dançar e tagarelar ou vivermos no maior silêncio.

Dá tempo para fazer poesias, desenhos, ou deixar apenas folhas em branco.

Sem egoísmos. Mas uma vontade enorme de exercermos nossa humanidade, na prática do bem, na luta pela justiça, ou por engordar o cordão dos inconformados com a desigualdade. Mas também dá para sermos reacionários.

Podemos ser lápis coloridos, giz de cera, pintar e viver nas mais vibrantes cores ou sermos preto e branco eternamente.

Sem orgulho vaidoso, mas com um sincero e legítimo desejo de ser mais do que o sereno da noite que desaparece como se não tivesse existido.


(Notícia do New York Times)

Os Gerentes de uma Editora estão tentando descobrir, porque ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há cinco dias. George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como Verificador de Texto numa firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 funcionários.

Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana. O seu chefe, Elliot Wachiaski, disse: “O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho”.

A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias, depois de um ataque cardíaco.


Não podemos passar pela vida como uma mesa, inanimada e que nada tem a contribuir na vida do próximo.

Você pode escolher: apenas ocupar um lugar no espaço, ou impregnar de você todos os espaços possíveis.

Pode ver na floresta apenas madeira para a lareira, no mar apenas água salgada e nos campos apenas pasto para os animais, ou pode, se quiser, ver em tudo isso a mágica da criação e um poema de Deus.

E podemos tudo isso por que o segredo da vida não se esconde no infinito bailando entre as estrelas, mas reside em nós e em cada uma de nossas ações.

Prof. Péricles

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